Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda razão ( e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatros ventos do mundo essa palavra
que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.
Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
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